30 de junho de 2006

Dirigente Desportivo ... O Perfil

"O sucesso do dirigente do desporto juvenil
não passa exclusivamente pelas vitórias,
pelas medalhas ou pelos títulos de campeão alcançados,
mas também, por proporcionar oportunidades
de prática regular e agradável
a um cada vez maior número de crianças e jovens,
contribuindo para que eles gostem de praticar desporto."
Conforme prometido no último texto, hoje irei tentar desenhar aquele que deverá ser o perfil de um Dirigente Desportivo no Desporto para Jovens.
Tenho a certeza que se os dirigentes responsáveis pelo Treino dos Jovens adaptarem alguns destes pontos para o seu código de conduta tornar-se-ão mais motivantes quer para os atletas, quer para os Treinadores e até mesmo para os restantes colegas Dirigentes.


Acreditem que vale a pena ....


Assim, um Dirigente com Responsabilidades Pedagógicas deverá:

1- Promover sempre os valores do espírito desportivo;
Respeitando os árbitros e juízes;
Tratando de forma amistosa e cordial os adversários,
Aceitando as vitórias com naturalidade e as derrotas sem azedume;

2- Estimular e reconhecer o esforço dos praticantes na procura de um melhor desenvolvimento pessoal, nomeadamente através da sua formação escolar;

3- Contribuir, com o seu exemplo, pata a redução das situações de violência, tanto física como verbal, que acontecem no desporto;

4-
Colaborar com o treinador, evitando pôr em causa a sua autoridade;

5- Escolher treinadores qualificados para dirigir a preparação dos jovens;

6- Garantir a qualidade e a segurança das instalações e materiais;

7- Contribuir para que a actividade se desenvolva num ambiente saudável, alegre e estimulante da aprendizagem;

8- Participar nas reuniões da sua Associação/ Federação, apresentando soluções que favoreçam os jovens praticante e, deste modo, a sua modalidade;

9- Tratar os praticantes de forma imparcial, evitando lisonjear ou proteger “os melhores”

10- Defender modelos de competição que promovam uma maior igualdade de oportunidades de participação para jovens e evitem a eliminação precoce dos intervenientes;

11- Diversificar atribuição dos prémios, não se limitando ao vencedor, procurando abranger o maior número de participantes, reforçando sempre o prazer de ter competido;

12- Procurar estabelecer um relacionamento harmonioso com os pais, envolvendo-os nos objectivos e na filosofia da actividade;

13- Procurar saber mais e adquirir novos conhecimentos, para conseguir uma intervenção mais correcta e consequente;

14- Encontrar as suas próprias responsabilidades, quando se procura descobrir as causas da derrota.


A teoria está lançada há anos....a prática é que nem sempre procura ir ao seu encontro, ou então encontra algumas resistências



Os pontos, ou se quisermos o código de conduta, expostos foram retirados da Cartilha: ”Se é Dirigente do Desporto Juvenil Não se esqueça de ....” editada pelo CEFD.

26 de junho de 2006

Erros a Evitar pelo Treinador de Jovens

Todo o Jovem Atleta tem Direito a:
ser orientado,
preparado
e acompanhado
por adultos
devidamente qualificados...

Já aqui expus um conjunto de boas práticas que os pais de Jovens Atletas devem ter perante o Processo de Treino, mas como este é um processo em que os pais não estão sozinhos, vou expor alguns dos Erros a que os Treinadores dos Jovens estão sujeitos e os quais devem ser evitados a todo o custo.

Para um próximo texto ficarão os Deveres os Dirigentes... também estes são uma parte do processo.

A leitura do presente texto sairá enriquecida com a consulta de um outro texto anteriormente cá exposto: “direitos dos jovens desportistas”.

Assim, um Treinador de Jovens Responsável e Atento deverá evitar:

1- Encarar as crianças e os jovens como adultos mais pequenos e fazer com eles o mesmo que se faria com atletas seniores;

2- Não ensinar correctamente as técnicas e privilegiar os factores específicos da condição física;

3- Não dar atenção à condição física geral;

4- Procurar desenvolver os pontos fortes e desprezar os aspectos que necessitam de desenvolvimento ou de aperfeiçoamento;

5- Criticar mais do que elogiar;

6- Desprezar a componente lúdica da prática desportiva em prol da preparação individual e individualista;

7- Usar apenas a recompensa externa (medalhas, taças, dinheiro) como motivação,

8- Referir as vitórias dos campeões como único exemplo a seguir;

9- Desprezar os jovens que não ganham;

10- Elogiar apenas os que ganham;

11- Impor objectivos de prática sem procurar indagar quais são os objectivos do praticante;

12- Procurar que os jovens alcancem aquilo que o treinador ou os pais gostariam de ter alcançado;

13- Transformar o desporto na única preocupação da vida do jovem;

14- Desenvolver no jovem a ideia de “ganhar a qualquer preço” como garante de uma boa atitude.


Retirado de: Desporto Juvenil. Pressupostos para uma prática com sucesso. CEFD, 2002
Para uma próxima ficam os Deveres dos Dirigentes envolvidos com o Treino de Jovens....que têm um papel muito mais importante que a simples escolha dos seus treinadores...

25 de junho de 2006

Resultados

Eis as classificações das Final Four da Taça de Portugal de Infantis e Iniciados realizadas durante este fim-de-semana em Oliveira do Hospital:


INFANTIS
1.º Oliveira Hospital
2.º FC Porto
3.º CD Paço Arcos
4.º Sporting CP
INICIADOS
1.º FC Porto
2.º OC Barcelos
3.º SL Benfica
4.º S. Alenquer B

22 de junho de 2006

A Acompanhar

Neste imenso mundo virtual de escritas em que somos "lincados" de um espaço para outro, eis que descubro mais um Blog que aconselho a todos os meus visitantes que ainda não conheçam.
No mesmo podemos encontrar:
Temáticas pertinentes;
Textos bem escritos;
Actualizações constantes;
Esclarecimentos variados.
Daqui desejo continuação de bom trabalho ao Helder Antunes

21 de junho de 2006

Agenda

No próximo fim de semana, 24 - 25 Junho, no Pavilhão Municipal de Oliveira do Hospital, realizam-se os jogos das Final Four do Campeonato Nacional de Infantis e Iniciados.

As equipas que irão estar presentes são:

INFANTIS
FC Porto
FC Oliveira do Hospital
Sporting CP
CD Paço Arcos
INICIADOS
FC Porto
OC Barcelos
Alenquer
Benfica

17 de junho de 2006

Sobre os Pais ... Continuação

No seguimento do último texto,
vejamos quais as melhores atitudes
que os pais devem ter perante
os seus filhos atletas.

O que os pais devem fazer para ajudar os filhos que praticam desporto


1- Estar presentes nas competições em que eles participam;
2- Encorajá-los a respeitarem as regras da modalidade e do espírito desportivo;
3- Dar um bom exemplo, através de um relacionamento amigável com os pais e os acompanhantes dos adversários;
4- Realçar sempre o prazer de fazer desporto e a alegria de participar;
5- Elogiar o esforço realizado e os progressos conseguidos;
6- Aplaudir todas as boas jogadas e as boas marcas alcançadas, independentemente de quem as realiza;
7- Ajudar a conciliar a sua actividade escolar e desportiva;
8- Apoiar e acompanhar a actividade, sem o pressionar ou intrometer-se;
9- Ter sempre presente que se trata de uma actividade dos jovens e para os jovens;
10
- Ajudar o treinador, o dirigente e o clube na resolução dos problemas relacionados com a actividade desportiva em que ele está envolvido;
11- Ter um comportamento respeitador e comedido perante as vitorias e as derrotas e ajudar o filho a assumir semelhante atitude.



Nota Um
Pais! Não se esqueçam que os vossos filhos quando erram não o fazem de propósito, pois por eles nunca erravam...e agradavam a toda a gente. O erro faz parte do processo de evolução.

Nota Dois
Pais! Não façam das vossas frustrações marcos que os vossos filhos têm de superar.

Nota três
Pais! Sejam mais intervenientes no processo, não se limitem a deixar os vossos filhos na porta do pavilhão e a pegá-los no final do treino/jogo. Envolvam-se com as pessoas do Clube/Sessão, afinal têm algo em comum ... são agentes da formação do vosso filho.

13 de junho de 2006

Sobre os Pais ...

Aproveitando a deixa do último texto, no qual os pais foram alvo de algumas considerações, porque não deixar alguns apontamentos sobre a sua postura no processo de treino desportivo, a que os seus filhos estão sujeitos.
Afinal eles – infelizmente alguns e não todos - fazem tudo o que podem para o bem dos seus filhos... colaboram, acompanham e ajudam, com o objectivo de lhes proporcionar actividades/experiências agradáveis tanto como desportistas como cidadãos.
Sendo que todos estes esforços são extremamente importantes para a qualidade das experiências vividas, nem sempre os mesmos são realizados da melhor forma.
Todos nós já assistimos, em alguns jogos, e principalmente nos das camadas mais jovens, às posturas e atitudes de determinados pais que em nada diferem dos comportamentos que adoptam quando estão a assistir a um jogo dos ”seniores”.
Estes adoptam formas e modos menos correctos de estar no pavilhão, que vão desde o desrespeito pelo árbitro e suas decisões, ao desrespeito pelo adversário e, por vezes, até mesmo do próprio treinador e suas opiniões/opções.
Desde já faço um apelo aos pais que me estejam a ler: por favor, façam um esforço para se situarem... falamos de jovens, falamos dos vossos filhos.Não se esqueçam que também vocês são parte importante no processo...
Com o fim de tornar o papel dos pais mais eficiente, e ao mesmo tempo divulgá-lo (não é que seja recente) para quem não conheça, deixo registados alguns pontos retirados da cartilha “Desculpe o seu filho pratica desporto?” editada pelo CEFD.
O que os pais não devem fazer para ajudar os filhos que praticam desporto
1- Forçar os filhos a participarem em qualquer actividade desportiva;
2- Discutir com os árbitros e juízes;
3- Comentar publicamente, de forma depreciativa, o comportamento de jogadores, treinadores, árbitros e outros pais;
4- Interferir de algum modo no trabalho do treinador;
5- Criticar excessivamente os resultados alcançados pelo filho;
6- Ajudar a criar expectativas exageradas sobre o futuro como praticante desportivo,
7- Alimentar, com elogios fáceis, o aparecimento de atitudes de vaidade e de sobranceria;
8- Proibir a prática desportivo, como forma de castigo, em particular face aos maus resultados escolares.
Caro pai, se não se revê nestes pontos, os meus parabéns, está no BOM Caminho! Por outro lado, se alguns destes pontos fazem parte dos seus costumes, que tal alterá-los? Acredite que é para o bem do seu filho.
Espero que estes pontos nos ajudem para que num futuro próximo possamos alterar alguns comportamentos dos pais dos nossos Jovens Atletas e que sirvam para que estes fiquem cientes do seu papel.
Continua, no próximo post, com: “O que os pais devem fazer para ajudar os filhos que praticam desporto”

10 de junho de 2006

7 de junho de 2006

Porque também sou professor...

“Os pais sempre foram o pavor dos professores de natação,
dos técnicos de futebol jovem,
dos animadores das corridas de rua.“
Vítor Serpa in Abola, 3 Junho 2006


Foi com este apontamento que no passado sábado, dia 3 de Junho, o sempre atento sr. Vitor Serpa, Director do Diário Desportivo “A Bola”, na sua coluna de opinião intitulada “Jogo pelos Professores” dava o mote a mais um dos seus belíssimos textos.

Por vontade de fazer minhas as suas palavras, deixo aqui partes do texto para os colegas que, por variados motivos, não o possam ter lido, ou que o tenham lido de forma mais vertical possam faze-lo uma vez mais, de uma forma mais atenta. Não o fazendo por mal, espero que o autor não se sinta ofendido por este meu atrevimento.
Após uma análise real da situação e da forma de estar dos professores na actualidade, Victor Serpa faz uma analepse ao tempo em que era aluno, na qual retrata os seus professores, os seus colegas alunos e também os pais de então:

“Os pais sempre foram o pavor dos professores de natação, dos técnicos de futebol jovem, dos animadores das corridas de rua. Os pais, em casa, acham os filhos umas pestes; mas na escola, no campo desportivo, no patamar da casa do vizinho, acham os filhos virtuosos e sábios”

Mas segue acrescentado:

“ Os pais são, individualmente, insuportáveis e, colectivamente, uma maldição.
Claro que há pais ... e pais. E vocês sabem que não me refiro aos pais a sério, que são capazes de manter a distância e o bom senso. Falo dos outros, dos pais e das mães que acham sempre que os seus filhos deviam ser os capitães da equipa e deviam jogar sempre no lugar dos outros filhos. O trágico disto tudo é que são precisamente esses pais os que, na escola, se acham verdadeiramente capazes de fazer a avaliação, o julgamento sumário dos professores dos seus filhos, achando que eles só servem para fazer atrasar os seus Einsteinzinhos.”

Muito pertinente e real esta visão, não acham? Desculpem-me os pais que costumam vir cá (se é que algum vem na condição de pai), mas esta forma de estar é uma realidade em determinados clubes....infelizmente, e quando nós treinadores/monitores estamos numa situação destas, nem sempre é fácil seguirmos e realizarmos as nossas obrigações da melhor forma.
Agora imaginemos como seria se o nosso lugar à frente da equipa estiver dependente da opinião/avaliação que os pais dos nossos atletas fazem sobre a nossa prestação!
Serão eles – pais, detentores de capacidades/conhecimentos para tal exercício de avaliação? Com toda a certeza que não.

Depois, Vítor Serpa termina dizendo:

“Por isso eu aqui me declaro a favor dos professores. Quero jogar na equipa deles contra a equipa dos pais e ganhar o desafio da vida real e do futuro deste país contra o desafio virtual dos pedagogos de alcatifa”

Sem palavras.
Obrigado Vítor Serpa

5 de junho de 2006

Final Four Nacional Juvenis e Juniores

No fim de semana passado realizaram-se na Mealhada os jogos relativos às Final Four dos escalões Juvenis e Juniores.
Eis as respectivas classificações:
Juvenis
1.º Benfica
2.º Paço Arcos
3.º Barcelos
4.º Gulpilhares
Juniores
1.º Porto
2.º Gulpilhares
3.º Paço Arcos
4.º Benfica

1 de junho de 2006

Dia Mundial da Criança

Porque hoje, dia 1 de Junho, se comemorou o Dia Mundial da Criança por que não aproveitar para falar de crianças?
OK, vamos falar das crianças, até porque são o futuro da Nação ... e das nossas acções do dia-a-dia. Vamos, então, falar das crianças mas tendo em conta a actividade que estas mais gostam de fazer… JOGAR. Mas, antes disso atentemos numa situação: Crescimento/ Desenvolvimento da criança.

Crescimento/Desenvolvimento?
Pois, as crianças não são “adultos em miniatura” ou estará gasta esta expressão?
O Crescimento/Desenvolvimento das crianças até a fase adulta é um processo Individual e Contínuo que é realizado a diferentes velocidades e diferentes intensidades, ao longo do intervalo de tempo. Sendo um processo faseado, teremos de ter em conta este processo e as fases do mesmo de forma a ajustar as nossas acções às necessidades e capacidades reais das nossas crianças.
Provém da literatura especializada, e como tal é um dado que podemos tomar como adquirido, que o desenvolvimento de uma criança, no intervalo etário que vai desde os 7 aos 14 anos, é o período determinante para a sua integração na sociedade bem como para a formação da sua personalidade. E este mesmo intervalo apresenta-se como um momento onde a “vontade” e a “curiosidade” em aprender, assim como a capacidade de aquisição de novos conhecimentos, estão no seu máximo.
Se assim é, temos duas obrigações:
Primeira – fazer com que a integração da criança, com todas as suas diferenças (virtudes e defeitos), seja a melhor no meio em que esta se insere, sendo reconhecida no “seio da equipa” como parte integrante e integradora da mesma;
Segunda – as solicitações motoras devem ter um carácter de abrangência para que a base de formação desportiva possa, no futuro, suportar as exigências mais específicas da modalidade e, ao mesmo tempo, adaptar-se às condições que o praticante possui em determinada fase do seu desenvolvimento.

Jogar?
Toda a criança, antes de tudo, gosta de Brincar, gosta de Jogar (ainda que hoje em dia estejamos a observar uma alteração nos Jogos e no Brincar dos nossas crianças. Estas actividades envolvem cada vez menos o Corpo e Esforço Físico. Em pedagógicos (não é que o treino não o seja) é costume dizer-se que a criança “vive no mundo do jogo”, … e é feliz assim (acrescento eu). Claro que temos de fazer a separação das águas, o mundo do jogo das Crianças não é mundo do jogo dos Adultos. Estas duas formas de estar e ver o jogo são completamente diferentes, e são-no entre outros motivos pelas regras e formas de impor as mesmas.
Durante o Jogo, a criança participa de uma forma activa na actividade que lhe dá Prazer, que lhe cria Entusiasmo, e que lhe cria o Desejo permanente de Recomeçar a jogar, para além de afirmar a sua individualidade no grupo.
No seu jogo, a criança demonstra ao grupo as suas “proezas” e, com isso, conquista o seu lugar no Grupo; grupo este que, segundo rezam os manuais, começa a ser mais importante para a criança que o “Grupo Família”, daí esta necessidade de demonstrar as proezas que é capaz de fazer para, desta forma, se afirmar perante o grupo
Assim, o “jogar” adquire um lugar de relevo na metodologia do treino a aplicar em crianças.
O “jogo” - mas não o “Jogo Competição” - deverá ser um fio condutor de todo o processo de treino das crianças, acompanhando de perto toas as acções a desenvolver. Mas para que este “jogo” surta os efeitos desejados, o mesmo terá de sofrer alterações na forma como nós adultos o concebemos. As suas regras deverão ser mais simplificadas e as suas “obrigações” menos rígidas, de forma a que a alegria e o entusiasmo na tarefa de “jogar” seja realizada em níveis máximos de entrega. Assim, o jogo deverá ser sistematicamente orientado para que a sua acção educativa esteja sempre presente e nós adultos devemos fazer um esforço constante para entender e controlar as nossas reacções quando as “coisas” não correm bem aos pequenos. Pois antes de tudo mais, eles já estão aborrecidos por terem desagradado ao grupo, logo nessas alturas é preciso desdramatizar a situação.
As tarefas propostas deverão ser apresentadas sob a forma de “jogo” ou “forma jogada”. Neste caso, devem ser privilegiados os percursos pedagógicos, as estafetas e as situações de jogo mais reduzidas tanto em número de jogadores, quanto em tempo de duração quanto em espaço, e nem tanto sob a forma de situações rígidas de trabalho que podem tornar-se monótonas e pouco motivantes. Contudo, estas últimas formas de trabalhar podem ser válidas se revestidas de características de “jogar” que as tornam mais atraentes, através do acrescento de uma outra acção lúdica antes ou depois do movimento pretendido.

Orientações Práticas

1-Ter em conta que deverão ser as capacidades das nossas crianças (físicas, volitivas, e técnico-tácticas) a determinar as formas de participação/treino a serem implementadas no grupo de trabalho, e não aplicar determinadas formas oriundas de outras realidades que em nada beneficiam o grupo;

2- Os conteúdos e processos de ensino/treino deverão adaptar-se às capacidades das nossas crianças. Capacidades estas que, como vimos, estão sujeitas a processos de crescimento/desenvolvimento faseado, logo a avaliação das mesmas terá de ser uma constante;

3- Num processo de treino equilibrado, jamais podemos ignorar a Competição. Este meio de treino terá de ser uma constante no processo, contudo terá, conforme os restantes meios de treino, de estar adaptado à realidade – Crianças. Assim, as rivalidades e confrontos agressivos que são características das competições dos mais velhos, terão de dar lugar a competições onde o “prato forte” seja a vontade de vencer e o empenho, mas uma vontade e um empenho revestidos de carácter didáctico de forma a alcançar melhores prestações e não como um fim em si mesmo. Em cada competição de crianças terá que existir muito mais que uma derrota, um empate, ou uma vitória.

Duas Notas Finais

1.ª - Especialização
– É ponto assente que a especialização realizada em certos timings apresenta-se como uma condição essencial ao sucesso desportivo dos atletas. Contudo, não está provado que a especialização precoce de atletas permita um rendimento desportivo mais eficiente.

2.ª – Solicitações Multilateriais – não se pode obter um campeão sénior sem que o mesmo atleta tenha sido alvo de desenvolvimento equilibrado, variado, completo e progressivo relativamente às suas estruturas, funções, capacidades, habilidades e aptidões, ao longo do seu percurso enquanto atleta.
Somente a vivência de uma variada gama de experiências ao longo da formação do atleta possibilitará a criação de tais pressupostos.

E porque hoje se comemora o Dia Mundial da Criança ...


Ainda durante o dia de hoje, estas imagens serão "animadas" de texto.
Que tal a relação entre "A Criança e o Jogo"?
Fica a ideia...