25 de janeiro de 2006

Direitos dos jovens Praticantes de Desporto???

Encontrei, em mais uma aventura literária, e desta feita recorrente, pois a obra não é recente no mundo da literatura científica do treino desportivo, uma cartilha dos Direitos dos Jovens praticantes de Desporto.
Nós - treinadores, estamos constantemente a lembrar aos nossos atletas quais as suas obrigações e as regras que têm de cumprir. Contudo, não nos podemos esquecer que também têm os seus direitos, e que muitos desses direitos não são mais que as nossas obrigações. Direitos esses que nem sempre nós, treinadores, lutamos por eles e outras vezes esquecemos que são nossas obrigações. Com o intuito de provocar mais alguma meditação, deixo aqui registados alguns dos direitos que assistem aos Jovens Atletas:

. Direito a participar em níveis de actividades que estejam de acordo com a maturidade e as capacidades que possuam;
. Direito a ser orientado, preparado e acompanhado por adultos devidamente qualificados;
.Direito a fazer desporto como um jovem ou uma criança e não como um adulto;
.Direito a participar na tomada de decisões que se relacionem com a sua presença no desporto;
.Direito a ter uma participação cuidada, adequada ao nível da sua participação;
. Direito a ter idênticas oportunidades às dos restantes jovens, no percurso que, eventualmente, o poderá levar ao sucesso;
. Direito a ser tratado com dignidade;
. Direito a ter uma prática desportiva agradável e divertida.

(Para mais informações consultar: Treino de jovens. O que todos precisam de saber! CEFD, 1999)

10 de janeiro de 2006

Espírito Desportivo

Do que me é dado a assistir em algumas competições de Jovens nem sempre o espírito incutido pelos Treinadores e Restantes Agentes Desportivos dos Escalões de Formação é, segundo a lógica da formação, o mais correcto. Alguns comportamentos e atitudes dos jovens atletas, para já não comentar a dos colegas treinadores, estão longe de serem entendidas e justificadas....
Assim, com o intuito de alterar algumas dessas mentes, convido-vos à leitura do que se pode chamar de “Carta do Espírito Desportivo”, pois a responsabilidade na construção da personalidade do atleta não é unicamente da responsabilidade do treinador, mas sim de cada um de nós, educadores, pais, treinadores, e todos os agentes desportivos no geral. Desta forma, a todos nós compete procurar promover uma prática desportiva o mais humana e formativa possível.
Demonstrar espírito desportivo é:

1- Antes de tudo respeitar escrupulosamente os regulamentos, ou seja nunca procurar cometer infracções às regras do jogo (os pais e treinadores nunca deverão incentivar a infracção);

2- Respeitar os árbitros do jogo e as suas decisões (neste ponto os treinadores deverão fazer ver aos seus atletas a dificuldade e ingratidão desta posição);

3- Reconhecer com dignidade, na situação de vencidos, a superioridade do adversário (entender que a vitória para além de passageira é fruto do maior empenho do adversário e que a sua equipa terá de no futuro trabalhar mais para a conseguir. Neste ponto, o treinador também poderá usar outro tipo de vitórias para incentivar os seus atletas, que não só o resultado final);
4- Aceitar a vitória com modéstia e sem ridicularizar ou diminuir o adversário (por muito fácil que se seja a vitória, o adversário merece sempre o reipeito pelo seu esforço e dedicação ao jogo);

5- Reconhecer os bons resultados do adversário (contra factos não há argumentos, se o adversário é superior, teremos de o encarar como tal e reconhecer que temos de trabalhar mais para atingir o seu nível de desempenho);

6- É contar com o talento e as capacidades próprias para alcançar o sucesso/vitória (capacidades estas que só se desenvolvem com o treino através do empenho e da dedicação);

7- Recusar ganhar com recurso a meios ilegais ou fraudulentos (quer o jogo, quer o simples lance de uma jogada que por vezes poderá colocar em perigo a própria integridade fisica bem como a do adversário);

8- Recusar utilizar a violência quer física quer verbal (é fundamental incentivar o jogo limpo e punir as situações de violência);

9- É demonstrar controle sobre si próprio (em todo o tipo de situação);

Por fim é pura e simplesmente demonstrar e retirar o máximo Prazer do jogo.

(Para mais informações consultar “Cadernos do Espírito Desportivo” Edições Câmara Municipal de Oeiras)