Terceira e última parte da conversa com Paulo Lopes
Seleccionador Nacional Feminino
Seleccionador Nacional Feminino
Trabalho com Mulheres
Quando falamos em orientação de uma equipa, falamos obrigatoriamente da relação Treinador-Atleta. Dado que orientas uma selecção Feminina, quais foram as principais dificuldades que sentiste na relação com as tuas Atletas, se é que sentiste?
Antes de me tornar seleccionador nacional para o hóquei em patins feminino, já tinha orientado grupos femininos, logo não houve dificuldades de adaptação, e como a minha postura é frontal, amiga, honesta e de grande seriedade, a minha relação com todas as atletas por mim trabalhadas foi sempre cordial e de grande profissionalismo. Há, independentemente do escalão ou sexo, momentos mais difíceis de gerir, ou por situações que decorrem do próprio treino ou jogo, ou por situações inerentes a relações interpessoais, mas têm sido sempre solucionadas com diálogo, mas também, sempre com poder decisão da minha parte. O que noto em relação ao hóquei feminino, é uma vontade superior de absorver conhecimentos, e de maior disciplina de trabalho, comparativamente ao sexo masculino, principalmente em idades mais jovens, mas isto é algo que se regista na nossa sociedade seja em que situação for, seja ela desportiva ou não.
Há diferenças no tipo de trabalho que se realiza com Atletas Femininas e Atletas Masculinos?
Não.
Queres salientar aspectos positivos no trabalho com Atletas Femininas?
A vontade de aprender e a enorme capacidade de trabalho.
Quando falamos em orientação de uma equipa, falamos obrigatoriamente da relação Treinador-Atleta. Dado que orientas uma selecção Feminina, quais foram as principais dificuldades que sentiste na relação com as tuas Atletas, se é que sentiste?
Antes de me tornar seleccionador nacional para o hóquei em patins feminino, já tinha orientado grupos femininos, logo não houve dificuldades de adaptação, e como a minha postura é frontal, amiga, honesta e de grande seriedade, a minha relação com todas as atletas por mim trabalhadas foi sempre cordial e de grande profissionalismo. Há, independentemente do escalão ou sexo, momentos mais difíceis de gerir, ou por situações que decorrem do próprio treino ou jogo, ou por situações inerentes a relações interpessoais, mas têm sido sempre solucionadas com diálogo, mas também, sempre com poder decisão da minha parte. O que noto em relação ao hóquei feminino, é uma vontade superior de absorver conhecimentos, e de maior disciplina de trabalho, comparativamente ao sexo masculino, principalmente em idades mais jovens, mas isto é algo que se regista na nossa sociedade seja em que situação for, seja ela desportiva ou não.
Há diferenças no tipo de trabalho que se realiza com Atletas Femininas e Atletas Masculinos?
Não.
Queres salientar aspectos positivos no trabalho com Atletas Femininas?
A vontade de aprender e a enorme capacidade de trabalho.
Para terminar, queres deixar alguma mensagem ou desafio aos treinadores de jovens que vão ler esta nossa conversa?
Relembrando a primeira questão, e como começamos esta nossa conversa, é neste momento imperativo que continuemos a trabalhar a formação de forma mais qualitativa. Quero eu com isto dizer que, os jovens treinadores e principalmente aqueles que estão a iniciar a sua carreira nos clubes e que são colocados nos escalões de formação, que são o alicerce primordial para que o nosso hóquei continue bem vivo e com qualidade superior.
Quero também dizer que, como tudo na vida, temos etapas para conquistar, e que começar em escalões com idades mais novas não é demeritório, porque aí, e mais uma vez realço o vosso papel, é se calhar o mais importante em toda a etapa de formação dos jovens, porque têm que os dotar de pré requisitos essenciais, bem como motivá-los para continuarem na modalidade. Também, que a vossa evolução passa pela partilha de ideias, pelo convívio de uma forma sã com colegas, pela abertura para com quem tem algo para transmitir, pela honestidade e seriedade com que se dedicam aos vossos atletas, e não pelo esconder de conhecimentos e ideias, e o tratar a formação realizando clonagem do trabalho efectuado ao nível dos seniores.
Quero alertar que todo o meu trajecto como treinador foi realizado etapa a etapa, começando com as escolinhas, treinando iniciados, juvenis, juniores masculinos e femininos, seniores masculinos e femininos, quer na 1ª divisão nacional, quer na segunda divisão nacional, até chegar a seleccionador nacional. Tudo leva o seu tempo e é necessário muito trabalho, honestidade e dedicação a uma causa, e este é o desafio que coloco a todos os jovens treinadores:
SABER ESTAR, SABER PLANEAR, SAVER EVOLUIR, PARTILHAR CONHECIMENTOS, E TER UMA BOA DOSE DE PACIÊNCIA PARA PODER PASSAR ETAPA A ETAPA, SEM SALTAR UMA QUE SEJA, PARA QUE A ANTERIOR ESTAR TOTALMENTE CONCRETIZADA!
Interiorizem estes passos e terão possibilidade de sucesso.
Obrigado Paulo pelo tempo dispendido. Desejo-te muitas felicidades e sucessos constantes. Desde já, bom trabalho para o Campeonato da Europa do próximo ano.
Obrigado Paulo pelo tempo dispendido. Desejo-te muitas felicidades e sucessos constantes. Desde já, bom trabalho para o Campeonato da Europa do próximo ano.
Caros leitores,
Espero que tenham gostado desta conversa e que de alguma forma os assuntos aqui tratados vos tenham elucidado sobre aspectos importantes do treino.
2 comentários:
eu gostei particularmente quando é dito que as mulheres têm "uma vontade superior de absorver conhecimentos, e de maior disciplina de trabalho, comparativamente ao sexo masculino". leiam com atenção homens e roam-se de inveja hehehheheheh p.s. desculpem este acto de "feminismo maluco" mas não foi mais forte que eu:)
Tudo bem lee, és livre de expressar os teus sentimentos, mas esses aspectos são evidentes em várias situações da sociedade, logo no Desporto não poderia ser diferente. Não concordas?
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