11 de abril de 2006

Carta ao ex-treinador - Parte II

Continuação do texto do dia 5 Abril

"Lembro-me de que no primeiro dia de treino. Perguntou quem queria jogar na posição de defesa. Como eu sempre quis ser defesa, levantei naturalmente o braço. Porém, na primeira situação em que tentei agarrar um avançado, quase que fui “atropelado”.
O senhor riu-se. Riu-se muito! Disse que era melhor eu experimentar qualquer outra posição e nunca mais tentar fazer uma placagem. Toda a gente riu. O senhor tinha mesmo muita graça!
Numa outra vez, num treino, falhei uma intercepção após uma boa finta do adversário e caí “ao comprido” no chão. “Vá lá! Pareces uma menina” disse para mim. Apeteceu-me dizer-lhe, com toda a minha raiva, de quanto eu gostava de ter ganho aquela bola. Mas se eu dissesse alguma coisa o senhor ter-me-ia humilhado logo de seguida, pois era muito disciplinador e não gostava que alguém lhe respondesse.
Continuei a treinar mais algum tempo e, um certo dia, consegui fazer uma boa jogada, interceptando um perigoso movimento do ataque contrário. Fiquei todo satisfeito. Porém, quando olhei para si, fiquei triste: ..."
(Continua)

3 comentários:

lee disse...

confesso que esta estrategia de não revelar tudo de uma vez é uma boa estratégia. ou tu não fosses treinador e pensasses em estrategias. estrategias à parte, estou espectante pelo final da carta. não demores muito.

Anónimo disse...

sim.. estou como os outros.. a curiosidade roi para ver o fim da carta..
ass.mix

Anónimo disse...

AGORA FIQUEI CURIOSO TAMBÉM´.
é uma ideia boa publicar por partes.
sinceramente gostei.

ERNANI BATISTA